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 Quinta das Torres

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Leia o artigo sobre esta quinta intitulado Romance na Quinta das Torres (revista Rota&Destinos)


Em Vila Nogueira de Azeitão, a pequena distância da Quinta da Bacalhoa, oculta por frondosa arborização, encontra-se a Quinta das Torres ou simplesmente As Torres. Esta propriedade, embora não tenha sido estudada com o pormenor da sua vizinha, é, tal como ela, um dos mais importantes conjuntos arquitectónicos do nosso País. A sua casa apalaçada apresenta determinadas características que estão na origem da denominação Quinta das Torres: constitui um quadrilátero com um torreão em cada ângulo, centrado por um pátio a céu aberto, para onde deita um pórtico bem delineado, encimado por duas pirâmides cujas agulhas sobem acima do edifício. O interior da edificação está dividido em amplas salas, harmoniosamente proporcionadas, quase todas com tectos de madeira, portas à romana e belíssimos azulejos na parede. No seu lado norte existe uma galeria com dois painéis de cerâmica de grande beleza, a qual se eleva ao topo de um jardim onde existe um lago com cerca de 900 metros quadrados de superfície, que tem na parte central um «pavilhão em forma de templo cuja cúpula é sustentada por 12 colunas. e, ainda, várias espécies arbóreas e plantas de jardim que muito o ornamentam. Este palácio, apesar de profundas transformações sofridas ao longo de muitos anos, conserva, segundo se supõe, muito da traça original e a sua beleza equilibrada. O portão do lado nascente ostentou o brasão dos Condes de Murça e mais tarde, durante algum tempo, as iniciais do distinto médico, Prof. Manuel Bento de Sousa. Os actuais proprietários resolveram, há alguns anos, facultar ao público o acesso a uma parte das suas dependências, justamente as voltadas para o lago, e adaptá-las a casa de chá e pequeno hotel e, posteriormente, a uma mais ampla pousada.

A Os primeiros possuidores da Quinta das Torres foram D. Maria da Silva e seu marido, D. Pedro Eça, a quem D. Brites de Lara, Marquesa de Vila Real e senhora da Quinta da Bacalhoa, ofereceu em 1521 o seu domínio como presente de casamento. A quinta manteve-se na posse da família D'Eça até que no século XVIII, por falta de sucessão directa, passou para o ramo colateral de D. Maria da Silva - os Corte-Real -, os quais a detiveram largos anos. Mais tarde, de novo por herança, tornou-se pertença, sucessivamente, da família Saldanha e depois dos Melos, senhores de Murça. Em 1877, após a morte de João Maria de Melo, 3º Conde de Murça, a quinta foi adquirida pelo Dr. Manuel Bento de Sousa e, desde então, pertence a sua família. A importância que tem esta quinta no património azeitonense e no do próprio país está relacionada não só com a sua beleza arquitectural mas também e principalmente com dois factos. Por um lado, porque o estilo do edifício não tem qualquer relação com as construções portuguesas da época mas foi concebido à italiana, tomando como modelo os exemplares mais típicos dos meados de Quinhentos. Por outro lado, porque os notáveis painéis de azulejo, de policromia muito rica, que se encontram sobre as duas grandes porias de cada extremidade da galeria da parte norte - que na opinião de Santos Simões teria sido aberta em varanda ou loggia, como no Palácio da Bacalhoa - são provenientes da oficina de Urbino e, verosimilmente, devido ao labor de alguns dos Fontanas, os mais famosos majolicários do estilo istoriato, não devendo afastar-se de 1570 a época da sua feitura. Trata-se de exemplares de rara beleza e valor artístico-arqueológico incalculável, não inferiores aos painéis cerâmicas da Bacalhoa datados de 1565 e so brelevando em raridade tudo o que se conhece em pintura cerâmica para aplicação mural. Os quadros têm 2,8m x 1,85m, ilustram cenas da Eneida, de Virgílio - a fuga de Encias e o incêndio de Tróia, e a morte de Dido e a construção de Cartago, que foram compostas, provavelmente, tendo por base frescos de Rafael e pormenores de Mantegna e de Boticelli. O responsável pela concretização destes dois factos foi, quase certamente, um dos proprietários da quinta, D. Diogo d'Eça, que fez «uma vida de filósofo antigo,,, e de sábio e cortesão. e que tendo estado fora de Portugal durante vários anos, por motivos políticos, conheceu novos países e presenciou directamente o movimento renascentista. Santos Simões recordou «que a dois passos desta quinta, Afonso de Albuquerque terminava a Bacalhoa e ali dava guarida a azulejos novos e revolucionários, culminando em 1565 com belos painéis historiados. Houve ou não emulação, mas é inegável que as duas quintas vizinhas, rivalizavam em novidades».


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