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Bem-vindo à Península de Setúbal/Costa Azul
A Rota de Vinhos da Península de Setúbal / Costa Azul
(RVPS/CA) convida-o a percorrer esta região privilegiada e desfrutar
a paisagem, as suas gentes, a história, o património, a cultura, as
adegas, os vinhos e outros interesses cuidadosamente seleccionados
para que desfrute em pleno o ENOTURISMO.
A RVPS/CA
beneficia de uma localização geográfica privilegiada que é reforçada
pela excelente rede de acessibilidades de que dispõe.
Para
chegar à Casa Mãe da Rota de Vinhos da Península de Setúbal / Costa
Azul, local de informação sobre o Enoturismo da Rota de Vinhos,
deverá atravessar uma das pontes, 25 de Abril ou Vasco da Gama,
percorrer as auto-estradas A2 ou A12 respectivamente, se estiver nas
zonas centro e norte de Portugal.
Venha
descobrir esta terra de vinhos!
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A
História
Já quando Palmela recebeu o seu primeiro foral,
dado por D. Afonso Henriques, neste se falava da vinha e do vinho
na região, o que confirma a sua tradição vitivinícola.
Na Arrábida ninguém sabe ao certo quando começou
o cultivo da vinha, mas sabe-se que os Fenícios e os Gregos
trouxeram do Próximo Oriente algumas castas de uvas que plantaram,
por considerarem o clima ameno e as terras das encostas da Arrábida
boas para o cultivo da vinha.
Em
1831, a Inglaterra importa vinho de Portugal e o rei Ricardo II
menciona a importação de vinho da vila de Setúbal.
Embora já antes, em 1675, existam referências à
exportação de 350 barricas de Moscatel de Setúbal.
Em 1868, num estudo ampelográfico feito na região
de Azeitão foram descritas 19 castas de uvas brancas e 10
castas de uvas tintas para a produção de vinho. Ferreira
Lapa, em 9 de Setembro de 1875, na sua 6ª conferência
sobre vinhos refere "a notável e importante comarca
vinhateira de Setúbal, a região privilegiada do moscatel,
com reputação na Europa e nome feito em Portugal".
A
Península de Setúbal é, pois, uma região
pioneira na elaboração de produtos vinícolas
de reconhecida qualidade, como é o caso do Moscatel de Setúbal,
vinho generoso cuja área produtiva se encontra delimitada
desde 1907, não obstante a sua produção ser
bastante anterior.
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As
Vinhas
Relativamente
às castas, verifica-se hoje que o Castelão Francês
("Periquita") constitui mais de 95% do encepamento das
castas tintas na região de Palmela e aproximadamente 75%
da região da Arrábida. Relativamente ao encepamento
das castas brancas, em Palmela predomina a Fernão Pires e
na Arrábida a Moscatel de Setúbal. É de referir,
no entanto, que nos anos 70, alguns produtores movidos, talvez,
por uma necessidade de diversificar e procurando ir de encontro
à evolução do gosto do consumidor, incrementaram
de forma significativa na região, o Cabernet Sauvignon, o
Merlot e o Chardonnay.
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Os
Vinhos
Os
Vinhos da Península de Setúbal, cuja qualidade
é certificada, podem ostentar 3 denominações,
DOC Setúbal, DOC Palmela e Regional Terras do Sado, a
cada uma correspondem castas e áreas geográficas específicas.
DOC
Setúbal
- Os vinhos com direito à denominação de origem
Moscatel de Setúbal são produzidos numa região
delimitada pelos concelhos de Palmela, Setúbal e parte do
concelho de Sesimbra. Existem dois tipos de Moscatel de Setúbal,
o branco e o roxo, elaborados, respectivamente, a partir das castas
Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo. De acordo com a legislação
as designações tradicionais "Moscatel de Setúbal
e Moscatel Roxo" só podem ser usadas quando estas castas
contribuirem com, pelo menos, 85% do mosto utilizado (67%, no caso
do "Setúbal"). Os vinhos só podem ser engarrafados
após um estágio mínimo de 24 meses.
Moscatel
Roxo
- Tem uma produção muito limitada e por isso é
menos conhecido do que o branco, tem o aroma mais seco e complexo,
mas não menos rico. À prova excede as expectativas
criadas pelo aroma. Ferreira Lapa chamou-lhe "a quinta essência
dos moscatéis". Envelhecem nobremente.
Moscatel
de Setúbal
- Este vinho licoroso é caracterizado pelas suas especiais
qualidades de aroma e sabor, peculiares e inconfundíveis,
resultantes das castas e das condições edafo-climáticas.
De cor dourada que vai do topázio claro ao âmbar, e
aroma floral exótico com toques de mel, tâmaras e laranja.
DOC
Palmela
- Esta região abrange todo o concelho do Montijo, Palmela,
Setúbal e parte do concelho de Sesimbra. Estende-se pela
planície arenosa confinando com o Alentejo. Produz vinhos
tintos, predominantemente a da casta Castelão Francês,
encorpados, de cor intensa e aroma cheio onde predominam os frutos
secos e as especiarias. Com o envelhecimento amaciam tornando-se
mais finos. Os vinhos brancos, elaborados com predominância
da casta Fernão Pires, têm uma boa estrutura e um aroma
elegante e frutado.
As
casta tintas recomendadas são o Castelão Francês
(Periquita), com um mínimo de 67%, Alfrocheiro-Preto, Bastardo,
Cabernet-Sauvignon e Trincadeira-Preta. Os vinhos tintos só
podem ser comercializados após um estágio mínimo
de 12 meses. As casta brancas recomendadas são a Fernão
Pires, Arinto, Moscatel de Setúbal, Moscatel de Bago Miúdo,
Moscatel Roxo, Síria, Rabo de Ovelha, Tamarez e Vital.
Vinho
Regional Terras do Sado
- A área geográfica de produção do vinho
regional Terras do Sado abrange todo o distrito de Setúbal.
A
grande diversidade e qualidade das castas que podem ser utilizadas
na elaboração destes vinhos, leva a que se produzam
vinhos regionais de destacada qualidade e diferentes características,
que podem ir ao encontro de uma vasta gama de preferência
dos consumidores.
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A
Certificação
O
controlo da genuinidade e qualidade dos vinhos das referidas denominações,
assim como a sua certificação e promoção
comercial, são da competência da Comissão Vitivinícola
Regional da Península de Setúbal (CVRPS), associação
de direito privado, que agrega os vitivinicultores de vinhos de
qualidade produzidos no distrito de Setúbal. Este controlo
consta do cadastro de todas as parcelas de vinhas voluntariamente
inscritas, e a consequente verificação da sua aptidão
para produzirem aqueles vinhos, o acompanhamento da sua vinificação,
armazenagem e engarrafamento, assim como a sua análise
físico-química,
e apreciação organoléptica que é efectuada
por uma câmara de provadores, que determina se os vinhos apreciados
merecem, ou não, serem certificados, caso afirmativo, às
respectivas garrafas é atribuído o selo de garantia
da CVPRS.
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Mais informações sobre os vinhos desta região em:
http://azeitao.net/vinhos/index.htm
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