Apaixonante
(info e fotos: ICN)
O Parque Natural da
Arrábida estende-se por uma área
de 10.800 hectares, abrangendo áreas
dos concelhos de Setúbal, Palmela e
Sesimbra.
A Originalidade da paisagem
deve-se não só às suas características
naturais mas também à remota
humanização destes espaços, que
de uma maneira geral se foi
desenvolvendo em harmonia com o
ambiente natural. O conjunto de
acidentes de relevo que constituem a
cadeia Arrábida, inclui elevações
como as Serras de S.Luís,
Gaiteiros, S.Francisco e Louro,
atingindo o mais elevado expoente
com a Serra da Arrábida, de
constituição calcária, local onde
se verifica o contacto com o mar.
O Parque Natural da Arrábida foi
criado pela urgência de preservação
de valores naturais, históricos e
económicos, apresentando-se como
uma área de revitalização dos
espaços rurais e actividades
tradicionais, onde o fabrico do
queijo de Azeitão e vinhos de mesa,
são mostras da perfeita integração
no meio e da vida comunitária da
população. Igualmente os valores
históricos, como o Convento da Arrábida,
incluem o elemento humano no
ambiente valorizando um contacto
consciente e equilibrado do Homem
com a paisagem.
O clima da região é temperado,
estando patentes as suas características
mais mediterrânicas.
A nível económico podemos
considerar o sector primário como
predominante, apelando para as
riquezas da agricultura e da
silvo-pastorícia. A nível turístico,
as diversas praias que ornamentam a
costa são alvo de grande procura
durante a época balnear. O Parque
Natural da Arrábida, área de
exemplos paisagísticos com centenas
de anos, constitui um espaço
importante e obrigatório a visitar
e a conhecer.
Fauna
da Serra da Arrábida
Durante muitos anos, já após a
formação do Reino de Portugal, a
área em que hoje se encontra o
Parque Natural da Arrábida foi uma
importante coutada de caça, onde
existiu uma fauna diversificada que
incluía, entre outras espécies,
lobos, javalis, e veados, estes últimos
extintos nesta zona já no século
(1901). Hoje, embora menos rica, a
fauna da Arrábida apresenta ainda
grande diversidade que importa
salvaguardar. Nos mamíferos
destacam-se o gato-bravo (Felis
silvestris), o geneto (Genetta
genetta), o saca-rabos (Herpestes
ichneumon), o texugo
(Meles meles,) o toirão (Mustela
putoris), a raposa (Vulpes vulpes),
a lebre (lepus capensis), o coelho (Oryctulagus
cuniculos) e ainda a existência de
colónias e morcegos. Na avifauna,
entre as rapinas diurnas existentes
salientam-se a águia de Bonelli (Hieraetus
fasciatus), a águia de asa redonda
(Buteo buteo), o peneireiro (Falco
tinnunculus); das nocturnas
salientam-se o bufo real (Bubo bubo)
e a coruja da torres (Tyto alba). A
perdiz (Alectoris rufa),
o andorinhão real (Apus melba) e
abelharucos (Merops apiaster) são,
entre muitas outras, espécies que
se podem observar nesta área
protegida. Cerca de 300 espécies
identificadas de lepidópteros
(borboletas) e 450de coleópteros,
destacam-se entre os insectos.
Geneto
(genetta genetta) - carnívoro,
de pequeno a médio porte,
copro alongado, pernas
curtas, cauda comprida e
peluda. de hábitos
nocturnos, solitário ou a
pares, alimenta-se sobretudo
de pequenos mamíferos e
aves mas também de peixes,
batráquios, insectos e
outros.
Peneireiro
(falco tinnuculus) - com
cerca de 34 cm, o dorso
castanho avermelhado, esta
rapina sustem-se no ar a
pouca altura com a cauda
estendida e um rápido bater
de asas. observando uma
presa lança-se em voo
picado. caça em terrenos
abertos sobretudo ratos, mas
também insectívoros,
pequenas aves, répteis e
insectos.
Texugo
(meles meles) - omnívoro,
atinge 95 cm, inculindo 20
cm de cauda, com a cabeça
raiada de preto e branco,
patas com grandes unhas que
lhe são úteis para escavar
as galerias e tocas onde
habita. activo ao crepúsculo
e à noite, alimenta-se de
ratos, toupeiras, anfíbios,
répteis, ovos, raízes
bolbos e frutos.
Roaz - é uma das
espécies de golfinhos que
vivem junto ao litoral mas
também em águas oceânicas.
na região do estuário do
sado vive uma comunidade com
cerca de 30 animais.
Boto - é também
um cetáceo mas não
pertence à mesma família
do golfinhos. vive apenas em
águas costeiras.
esporadicamente são
observados no litoral da arrábida
e de tróia. os botos são
animais muito sensíveis, têm
o tamanho de uma cria de
roaz e por isso,
dificilmente são
observados.
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Sabias
que...
O estuário do Sado e o
litoral da Arrábida e de Tróia
apresentam uma elevada
riqueza biológica e por
isso constituem uma região
de grande importância para
duas espécies costeiras de
cetáceos. |
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