Como chegar...
Info para o visitante
Aspectos técnicos
Fauna
Flora
Museu Oceanográfico
O Parque através da sua arquitectura
Contactos
Tudo sobre o Parque

Lazer

Portfolio
Aranhas no PNA
 

 

   
 
 

 

GEOLOGIA E FLORA - Geologia

  
    
 
 

GEOLOGIA

Do ponto de vista geológico a serra da Arrábida corresponde em grande, a dobra anticlinal do meso-cenozóico, com diversos cavalgamentos orientados WSW-ENE, profundamente fracturada segundo o plano axial e de que apenas a parte N é observável.

São numerosos os acidentes secundários, bem como outras dobras e cavalgamentos, que complicam muito o esquema simplista apresentado atrás. A coluna litológica da área da serra da Arrábida inclui rochas que vão desde a base do Jurássico até o Quaternário.
A sucessão inicia-se pelas margas e argilas vermelhas salíferas e gessíferas de ambientes lagunares do Hetangiano (Jurássico inferior). Sobre estas margas e argilas assentam calcários compactos, de mar profundo, do Jurássico inferior e médio. De seguida, a sedimentação reflecte a retirada progressiva do mar. No Jurássico superior depositaram-se calcários margosos e margas de mar pouco profundo, com pistas de dinossauros.
A sedimentação foi-se tornando cada vez mais detrítica. No Cretácico inferior depositou-se espesso conjunto de areias, arenitos e argilas de fácies continental. A retirada do mar fez-se de E para W; existem variações laterais de fácies, sendo os depósitos de Oeste sempre mais marinhos ou com menor influêcia continental.

A partir do Hauteriviano (Cretácico inferior) a área emergiu. Só no Paleogénico voltou a haver sedimentação e esta deu-se em ambientes continentais. Depositaram-se conglomerados, arenitos e margas vermelhas, no topo aparecem calcários margosos de fácies palustres.

No Miocénico inferior o mar voltou a invadir parcialmente a região. Nas águas pouco profundas depositaram-se calcários biodetríticos. A serra, parcialmente formada, devia então constituir uma ilha contra o qual o mar embatia.

É provável que os movimentos que originaram a serra se tenham iniciado ainda no Jurássico superior . Nesta época a sedimentação tornou-se progressivamente mais detrítica começando, na parte E da montanha onde existem espessos conglomerados grosseiros, com elementos vindos mesmo do soco paleozóico, e que testemunham esses primeiros movimentos. O dobramento prosseguiu lentamente durante muito tempo; isso é evidenciado pelas numerosas pequenas discordâncias angulares que se encontram até o Miocénico, e pelos conglomerados com clastos de calcários da serra que ocorrem no Paleogénico da Formação de Benfica. Foi então, no Miocénico inferior (cerca de 17 Ma), que se deu a fase mais activa de dobramento. Há discordâncias angulares, numerosas fracturas e cavalgamentos. Um exame mais cuidadoso dos depósitos Miocénicos dos anticlinais do Formosinho a S,permite individualizar a existência de uma fase de movimentos entre no Burdigaliano e outra pulsação há menos de 16 Ma (Miocénico médio ?).

A erosão entre as duas pulsações influenciou muito o estilo tectónico dos acidentes. O flanco rígido, situado a SE, foi profundamente erodido e as fases posteriores foram suficientes para laminar o que restava dos calcários duros da base do Mesozóico fazendo aflorar os evaporitos. As margas salíferas e gipsíferas serviram de lubrificante ao cavalganento o que levou ao aumento da sua flecha e, por conseguinte, à diminuição da inclinação.

Info retirada de Departamento de Geologia da Fac. Ciências da Univ. de Lisboa

 

 

Realizado por Bernardo Costa Ramos  -  © Todos os direitos reservados