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Fotos do Círio de 2000

Fotos do Círio  de 1998


Carlos Alberto Ferreira Júnior, Azeitonense de gema, editou (entre outras coisas) em Dezembro de 1988 o livro intitulado Lenda da Arrábida. Aproveitando aquela  Lenda,  parte para uma narrativa em que os factos históricos, as vivências e o ouvir/falar se confundem. Já no fim do seu livro recorda (1988) a festa da Arrábida.

Fica aqui o seu relato a servir de (pequena) homenagem a este Azeitonense que não se esqueceu de imortalizar as nossa tradições.


        « Já vão sendo raros os meus conterrâneos, que recordam com saudade a nossa festa da Arrábida.

Ainda hoje, passados anos, me é grato recordar, a alegria sã e contagiante que a gente simples da minha terra, apresentava aos forasteiros.

Era certo, que nesse dia, os familiares ausentes, vinham visitar suas famílias; findavam desavenças e aumentava o número das nossas amizades.

Naquele dia, era mais farta a nossa mesa, e era certa a estreia de fatiota nova.

            Tudo isso já lá vai, e do passado, só a lembrança nos resta.

Recordo, com notável precisão, os acontecimentos que antecediam a realização das Festas da Arrábida que vinham animar euforicamente a maioria dos habitantes da região de Azeitão.

Nesses velhos tempos, elas se realizavam no mês de Maio, por altura do dia de Espírito Santo. Mas logo em Abril os festeiros se movimentavam com desusado entusiasmo.

Era levado a efeito um peditório pelas vilas e aldeias, para angariação de fundos que iriam permitir à Comissão das Festas, realizar com mais ou menos pompa as tradicionais festividades.

A filarmónica da terra, com grande antecedência ensaiava não só, o repor- tório para os costumados concertos no coreto do arraial, como também as novas contradanças que iriam dar inigualável brilho ao aparatoso Círio que da vila ia ao Convento da Arrábida, aonde iriam ter lugar as principais cerimónias religiosas.

Os garotos, a quem estava destinada a sua participação como anjinhos, era ministrada uma cuidada preparação para decorarem as loas; que teriam de cantar na altura própria.

Junto da igreja paroquial, começavam os preparativos para erguer o aparatoso arraial. 0 coreto, a quermesse, os mastros e colunas, bem como os pórticos multicores, já ornamentavam o recinto que dentro em pouco iria receber a multidão de fiéis devotos.

E o grande dia chegava finalmente.

Na hora da partida em demanda do Convento, repicavam os sinos alegremente e estoiravam nos ares, foguetes e morteiros.

Todos os participantes, estavam perfeitamente compenetrados; da missão que lhe fora atribuída na composição do Círio.

Abriu o cortejo o Juiz das Festas. Uma figura simpática de ancião, montando um velho cavalo. Empunhando um enorme estandarte, parecia bem seguro da sua importância como principal figura da romaria.

Era imediatamente seguido, pelos fiéis cumpridores de votos de reconheci- mento que erguiam bem ao alto, bandeiras e pendões que no ano anterior tinham arrematado para agora se incorporarem no Círio, julgando assim pagar os benefícios com que a milagrosa Senhora da Arrábida os havia distinguido.

Ainda tenho bem presente na minha memória a figura austera do venerando padre Barros, cavalgando uma velha azémola de aspecto mansarrão.

Devidamente paramentado para a circunstância a ele cabia a responsabilidade da parte litúrgica do acontecimento, porquanto era ele o pároco da Freguesia de S. Lourenço.

Logo a pouca distância vinha a berlinda azul, em cujo interior se via uma pequena imagem da santa festejada.

A pequena viatura era puxada por pachorrento animal conduzido à rédea pelo seu próprio tratador.

Uma colcha alvinitente, artisticamente bordada, cobria completamente o pachorrento animal.

Na rectaguarda da berlinda e firmemente agarrada a ela podia observar-se uma típica mulher do povo que em viagem penitente, pagava o tributo da sua sincera devoção Àquela que, com a mais honesta sinceridade julgava ser, a sua desvelada protectora.

Logo a seguir vinham os anjos cavalgando. Eram três, empunhando o do centro, uma pequena bandeira azul, aonde reflectia a imagem da padroeira. A sua indumentária escarlate chamava a atenção geral.

Aguardavam atentos as instruções do responsável pela sua actuação, enquanto na cauda do cortejo, vinham os músicos montados em burricos (que rapazes irrequietos conduziam pela arreata) prontos a executar as notas das novas contradanças.

0 sinal foi dado e os anjos cantaram os versos que marcavam o início da jornada a caminho do Convento.

Versos de uma beleza rara, que iriam ficar gravados na memória de quem os ouvia pela primeira vez:

 

Chegou finalmente o dia em

que o Povo de Azeitão

aos pés da Virgem Maria

presta culto à tradição

 

Ergue-se a Vila num brado

de prazer e alegria

para cumprir o legado

vai partir a Romaria

 

A Virgem Mãe do Senhor

coroemos de louro e palmas!

E um altar feito de amor

ergamos em nossas almas!

 

Na tosca e pobre berlinda

que a Sua Imagem encerra

Olhai-A! Que expressão linda com que abençoa esta terra

 

Adoremos de joelhos

D'Arrábida a Virgem Pura!

No Seu olhar há conselhos

no Seu sorriso há ternura

 

Vamos pois subir a Serra

que o bronze repica ardente

E o sino da nossa Terra

é como o sentir da gente...

 

Romeiros! Sem mais demora

prestai culto à tradição

que a fé em Nossa Senhora

E a lei do coração!

A gente simples do Povo não escondia a sua emoção no momento culminante da partida do Círio em demanda dos ásperos caminhos da Serra.

Lágrimas rebeldes inundavam o rosto daqueles que como eu herdaram dos seus antepassados o respeito pelas velhas tradições.

Naquele dia inesquecível, cheio de sol primaveril a própria natureza estava em festa. Já entardecia quando o Círio chegava ao seu destino.

Era aguardado por familiares daqueles que tinham intervenção directa nas cerimónias a efectuar em Arrábida, quer fossem religiosas ou profanas e que já se encontravam instalados em diversas dependências do Mosteiro cedidas gentilmente pela Casa Palmela, sua proprietária.

Os participantes do Círio, prestes desmontaram, entregando os animais a quem cuidasse deles.

0 velho padre vai entretanto retirar da berlinda a pequena imagem de Santa Maria e em atitude de profunda concentração se dirige à Capela do Convento, em cujo altar mor irá depor a Sagrada Imagem.

É imediatamente seguido por toda a comitiva. Junto à entrada do Mosteiro, rodeado por quantos eram portadores de bandeiras e pendões, os anjos cantam a sua saudação à padroeira:

Eis-nos chegados da Terra

Ao Convento onde se abriga

A Padroeira da Serra

A Virgem Mãe nossa amiga

 

Foi salvando um navegante

                        Que a lenda aqui retrata

Desde essa noite distante

Há rouxinóis pela mata

 

0 mar revolto e ardente

Calmou como por encanto

Quando a Virgem sorridente

Estendeu sobre ele o manto

Esse colosso que então

Só soube espalhar horrores

Após essa aparição

Fez-se pai dos pescadores

E um velho e bom ermitão

Que nesse tempo viveu

Cantava que desde então

Vira outra estrela no céu...

 

Por isso prestamos preito

                        À Virgem que abençoou

0 trabalho mais perfeito

Que a natureza escoou

 

P'la palavra dos três pagens

                        Oh Virgem Nossa Senhora

Aceitai as homenagens

Dum povo que vos adora!

0 adro está repleto de fiéis romeiros.

0 momento é particularmente emocionante.

            Lágrimas pendentes dos olhos de muitos dos peregrinos, acabam por rolar pelas faces tisnadas daqueles que desde meninos participavam do ritual da recolha do Círio ao interior do secular Convento.

Avizinhava-se o fim do dia, pelo que todos aqueles que tinham de ficar em Arrábida, procuraram de imediato o local que antecipadamente lhe tinha sido designado para lhe servir de abrigo durante as festas no Convento.

E quando a noite serena surgiu por fim, já muitas famílias tinham saboreado os manjares que de casa tinham levado, devidamente acondicionados e prontos a servir.

O antigo refeitório do Convento (dada a sua amplitude) era por tradição o local destinado aos músicos que ali estabeleciam a sua base principal.

Mas era sobretudo na casa do Círio, que se verificava uma incontida satisfação, que se reflectia no ânimo dos responsáveis pela realização das festas que dando largas ao seu contentamento, testemunhavam claramente sentirem-se orgulhosos de cumprir os seus deveres.

Em volta da mesa a alegria estava bem patente. No lugar de honra estava o venerando padre Barros que não escondia a sua satisfação por se ver rodeado pelos mais representativos filhos da paróquia da qual ele era o seu respeitável chefe espiritual.

Não esqueceram de prestar os mais rasgados elogios à competência profissional da cozinheira que tão habilmente confeccionara o que lhes estava sen- do servido.

E aquela noite de sábado passou, como se no Convento estivesse apenas uma só família.

Domingo do Espírito Santo, madrugada ainda já muitos devotos se preparavam para cumprir um velho ritual: irem lavar a cara à fonte de Samaritana.

Ainda o Sol não tinha nascido, já o grupo musical lançava aos ares as notas alegres duma inspirada contradança, que servia de convite a ser acompanhada ao Mirante dos Frades e dali observar o astro rei erguer-se no horizonte lançando sobre a Terra a sua luz criadora.

Esta cerimónia simples, mas significativa, era a clara demonstração de que os que nela participavam não esqueciam os seus antepassados que já há muito lhe tinham dado o início.

Pouco depois do Sol nascer, começavam chegando peregrinos não só para passar o dia em Arrábida, mas sobretudo, para assistirem às cerimónias religiosas que dentro em pouco começavam e que iriam culminar com a procissão solene.

Um pormenor que se tornava notório a qualquer observador: mal a procissão recolhia ao santuário, logo dezenas de famílias (dispersas pelos terreiros do Bom Jesus e das Mesquitas) procuravam as sombras de vetustos zambujeiros; e no chão atapetado de ervas ressequidas estendiam toalhas alvinitente colocando sobre elas apetitosas virtualhas que de casa tinham trazido.

Toda a família se ajeitava o melhor possível em volta da improvisada mesa e o apetite (aguçado pelos ares balsâmicos que só na Serra d'Arrábida podem ser respirados) era plenamente satisfeito com prazer e alegria.

Avizinhava-se o entardecer quando a música surgiu, lançando aos ares os acordes duma linda contradança que era bem um convite para que todos se divertissem e viessem a recordar por toda a vida, este dia inesquecível em que se praticava a amizade leal e sincera entre as famílias de Azeitão, fosse qual fosse, o seu lugar na hierarquia social.

Antes da noite chegar, já muitos tinham regressado ao aconchego do lar perfeitamente convictos de que mantinham uma tradição legada pelos seus antepassados: vir ao Convento pagar o seu tributo Àquela que invocavam como a sua desvelada protectora. Após o jantar, a música retomava a sua tarefa.

Na varanda do Convento, à luz tremulante de candeeiros se dava início a um animado bailarico que se iria prolongar pela noite fora.

Uma alegria sã e contagiante, domina quantos participam neste folguedo que só terminava quando a fadiga se apoderava dos músicos, que acabavam por dar por terminada a sua actuação.

Cada um procurava ir repousar o resto da noite junto dos seus familiares e um silêncio profundo iria dominar em todo o Convento, até ao amanhecer dum novo dia. -

 

Segunda-feira de Espírito Santo

Logo de manhã cedo, começavam os preparativos para o regresso do Círio à Igreja Paroquial de São Lourenço. Todos os que utilizavam as mais diversas instalações do Mosteiro cumpriam escrupulosamente o seu dever: deixar impecável o local que lhe tinha sido designado para utilizar durante as cerimónias em Arrábida.

Na igreja era celebrada a missa de despedida à padroeira até ao próximo ano.

Os anjos já revestidos pela indumentária garrida e espectacular, nessa missa cantavam a despedida da Serra:

Finda a mais nobre missão

De preito à Virgem Maria

Para as terras de Azeitão

Vai partir a romaria.

 

Adeus serra abençoada

Cheia de encantos risonhos...

P’la natureza dotada

A dar vida aos nossos sonhos

 

Onde o mar entra a medo

Só para não perturbar

0 que dizem em segredo

As avezinhas do mar

 

Nas tuas matas frondosas

Vê-se o mais belo jardim

Onde, em vez de frescas rosas

Cresce em moita o alecrim

 

Onde há respeito p'la luta

Dos que sofrem neste mundo!

Onde o mar revela à gente

0 seu mistério profundo

 

E onde a Virgem da pobreza

Neste sagrado cantinho

Faz a própria natureza

Um altar de rosmaninho

 

Oh serra de Portugal

Conserva em ti a pureza!

Que o amor pelo ideal

Está na alma portuguesa

Terminadas as cerimónias litúrgicas, muitos dos fiéis romeiros, retomavam as bandeiras e pendões de que tinham sido portadores, para de novo se incorporarem no regresso do Círio que dentro em pouco iria voltar para junto da igreja paroquial aonde uma multidão de forasteiros aguardava a sua chegada.

Após o almoço o juiz da festa ao determinar a hora de partida, não esquece nesse momento, de em nome da Comissão das Festas, prestar justos agradecimentos ao velho guarda do Convento, pela sua valiosa colaboração.

Todos os participantes do Círio, já tinham engalanado com vistosas sardinheiras, bucho, alecrim e rosmaninho não só, os seus chapéus, como também ornamentavam os cabrestos das suas montadas, dando assim ao cortejo um maior colorido.

0 velho padre vai repor no interior da berlinda a pequena imagem da padroeira, dando assim o sinal de que tudo estava em ordem para a viagem de regresso.

0 momento da abalada chegou por fim e os ásperos caminhos da Serra, foram percorridos sem que se registasse qualquer acidente.

A escabrosa ladeira do Carola, os trilhos primitivos do Olivalinho bem como os Casais da Serra foram sucessivamente ultrapassados, atingindo em breve a Aldeia dos Irmãos.

Era ali, junto ao alpendre da capela de São Sebastião que o Círio restabelecia a sua ordem de marcha.

Já muita gente aguardava a chegada do cortejo. Não só os naturais da aldeia como muitos forasteiros com as suas carruagens vistosamente engalanadas com verduras e flores, ansiando o momento de se incorporarem na romaria e nela seguirem até ao seu final.

Os anjos alinhados frente à branca capelinha cantando versos alusivos ao regresso do Círio à igreja de São Lourenço.

Versos cheios de encanto e beleza que atestam bem, não só o valor, como também o bairrismo da sua autora: a poetisa D. Maria Cândida de Bragança Parreira

Está em festa Azeitão!

Estalam foguetes no ar!

Que o Círio é tradição

D’alegria popular!

 

Que comoção se não sente

Que prazer se não encerra

Na alma de toda a gente

Quando entra na sua terra!

 

É que o chão da nossa aldeia

Faz parte do nosso ser

Como os elos da cadeia

Como o pranto de sofrer!

 

Romeiros! Dai o exemplo

Deixai a festa em legado!

Que a tradição é um templo

Onde se adora o Passado!

 

Eu por mim quando oiço o sino

Lembro-me de minha mãe

E oiço o meu pai pequenino

Servindo de anjo também.

 

Por isso as velhinhas choram

Recordando com saudade

A perda dos que se foram

E os sonhos da mocidade!

 

E agora por despedida

Que o povo da freguesia

Erga uma prece sentida

A Virgem Santa Maria!

A multidão em silêncio, ouvia, emocionada os anjos renderem culto à tradição. A música logo se fez ouvir, executando a primor, uma lindíssima contradança que era o indicativo de que o Círio estava de novo em andamento. A próxima paragem seria junto da graciosa igrejinha de S. Marcos, em Aldeia de Oleiros. Os anjos repetiam as suas loas e a multidão ia aumentando.

A passagem por Baldrucas, carruagens do mais diverso tipo, apinhadas de devotos forasteiros aguardavam o momento de seguirem em boa ordem, até junto do aparatoso arraial que já bem perto estava.

0 rebentamento de foguetes e morteiros era sinal seguro de que em pouco dava entrada na Vila. Os seus habitantes sabiam manter com galhardia uma tradição legada pelos seus antepassados: as varandas e janelas da rua principal, estavam vistosamente engalanadas com colchas multicores e os membros de toda a família ali aguardavam a passagem triunfal do cortejo, para lançarem sobre a berlinda, pétalas perfumadas de lindas flores.

0 Círio, depois de ter parado em frente da igreja da Misericórdia, acaba finalmente por chegar ao aparatoso arraial.

Era aguardado por uma multidão, não só de forasteiros vindos dos arredores, como também pelos naturais da terra mas que dela viviam ausentes e nesse dia festivo a ela voltavam para matar saudades.

No coreto, junto à torre sineira, actuava uma excelente banda de música vinda expressamente dos arredores. Os seus elementos, todos de pé executavam o hino da Santa festejada, logo que o cortejo entrou no recinto, frente à igreja, os anjos cantaram os versos alusivos à chegada, enquanto a música que os acompanhava, lançava aos ares os compassos da linda contradança.

0 reverendo padre, retira dei berlinda a pequena imagem dá Santa Maria e a vai repor no seu altar. Recolheram ao templo, bandeiras e pendões. Era o sinal de que a romaria desse ano terminara.

Depois de um dia de Sol abrasador, a noite se aproximava a olhos vistos.                                            Os romeiros que de longe tinham vindo, a pouco e pouco se foram retirando, de regresso ao lar distante sem que se notasse a sua falta.

Quando a noite chegou, já as luminarias do arraial cintilavam. Era a noite grande das festas de Azeitão.

Em volta do coreto, inúmeros apreciadores de boa música, ouviam atentamente, a actuação da excelente banda de música, vinda da Borda de Água e que gozava da justa reputação, de possuir, entre os seus membros, artistas de real valor.

A quermesse rodeada de curiosos, que não só apreciavam as prendas a rifar, como lançavam galanteios às lindas moças que ao balcão vendiam rifas.

No arraial, apinhado de gente, reinava uma incontida alegria. A festa prolongava-se pela noite dentro e só quando a banda de música dava por terminada à sua tarefa, a multidão se retirava.

No dia imediato (3ª feira) realizavam-se as tradicionais cavalhadas.

À tardinha, já o recinto estava repleto de curiosos, aguardando não só, a chegada dos mais famosos cavaleiros da região como também da filarmónica local à qual cabia a responsabilidade de animar a testa neste dia em que ela terminava. As cavalhadas decorreram no meio do entusiasmo geral e só terminariam quando a noite se aproximava.

Depois do jantar, o arraial, voltava a animar-se. No coreto, a prestigiosa banda de música de Azeitão, executava números do seu vasto repertório, fortemente aplaudida pela numerosa assistência.

Era noite velha quando as festas terminaram. A música deu por finda a sua actuação e as luzes do arraial a pouco e pouco iam-se apagando.

A multidão lentamente se foi retirando e era vulgar ouvir-se a muitos dos que à Festa assistiam:

-         Adeus Senhora d'Arrábida até ao ano que vem! »

   


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