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Extensão: 8035 m

Duração média: 02:30

Dificuldade: Média (percurso longo, exigindo preparação física).

Desnível acumulado: + 220 m, - 276 m

Altitude média: 229 m

Paisagem: arriba costeira coberta com matagal mediterrânico.

Zonas abrangidas: Porque Natural da Serra da Arrábida, Biótopo CORINE do Parque Natural da Serra da Arrábida.

Época aconselhada: todo o ano.

Acessos: de Setúbal ou de Sesimbra (EN 378 e EN 379 respectivamente) até Santana e daí até Pedreiras.

Alojamento: ver mais

Telefones úteis: ver mais

Concelhos abrangidos: Sesimbra e Setúbal

 

 

Parque Natural da Arrábida - Serra do Risco

Entre a serra e o mar

Parte integrante da cordilheira que inclui a Serra da Arrábida, a Serra do Risco acaba abruptamente sobre o mar, do alto dos seus trezentos metros. Com a falésia mais alta da parte continental da Europa, esta serra é também um exemplo do que teria sido a vegetação original desta área geográfica - o carrascal.

 Este  percurso começa na povoação de Pedreiras, cujo nome deriva (e isso torna-se imediatamente óbvio no local) da proximidade de uma exploração de calcário.

 Para começar o percurso, deve-se contornar a pedreira pelo lado esquerdo, a princípio seguindo a linha de alta tensão até um entroncamento desta com outra, passando então a acompanhar-se a que segue para a direita. O matagal mediterrânico que aqui se encontra pode dificultar a progressão, pois o trilho é pouco utilizado e está parcialmente coberto por vegetação. Outro ponto a ter em conta são as pequenas depressões onde se depositam as poeiras da pedreira, que, quando chove, se transformam em autênticas areias movediças. Um pouco mais à frente encontra-se uma vedação de arame farpado, que deve ser seguida. Note-se que, a certo ponto, as areias da pedreira já engoliram a vedação.

À medida que se contorna a pedreira, a sensação da própria pequenez face às dimensões dos montes de areia e pedras torna-se, desde logo, avassaladora. No entanto, urna visão mais englobante da extensão da pedreira só será possível bem mais à frente.

Mal a pedreira começa a ficar para trás, o caminho torna-se mais confuso. No entanto, a progressão em direcção à falésia, apesar de a corta-mato, não é complicada. É de lembrar que será conveniente, sempre que possível, caminhar sobre as pedras, de modo a reduzir ao máximo o pisoteio da vegetação. Esta, constitui um garrigue ou carrascal cuja planta mais frequente é o Carrasco, arbusto de folhas brilhantes e aceradas.

Ao chegar ao cimo, o mar surge em todo o seu esplendor. A altitude, de mais de 300m, quase não se nota devido à falta de pontos de referência. É necessário um olhar atento para confirmar que as plantas, lá em baixo, que parecem tão pequenas, são pinheiros adultos bem altos. Do outro lado, para norte, os campos de cultivo, num traçado geométrico, contrastam com o verde escuro do matagal.

O percurso segue agora por um caminho que percorre, serpenteante, a crista da Serra do Risco, passando pelo Píncaro, cerca de um quilómetro adiante. O Píncaro (381m), a falésia mais alta da Europa continental, marcado por um marco geodésico, é um excelente local para descansar e admirar a paisagem, tanto de um lado como do outro. Lá em baixo, acessível apenas por barco, a Praia dos Penedos convida a um mergulho impossível. No entanto, a pequenez das gaivotas, meros pontinhos brancos, alertam para a perigosidade de uma queda. Daqui, e olhando para trás, podem-se ver as dimensões da pedreira, cujos montes de areia e cortes na rocha tomam um aspecto quase lunar. Seguindo caminho, o trilho continua para Este, encontrando-se do lado esquerdo outro trilho muito sumido que deve ser seguido. Muito íngreme e coberto em algumas partes pelo denso matagal, este caminho obriga à máxima prudência. Ao chegar lá abaixo, poder-se-ia pensar que a parte difícil findou. No entanto, o matagal é de tal maneira denso e o trilho tão mal definido, que, para avançar os cem ou duzentos metros que faltam para os campos cultivados, se pode demorar algum tempo. O melhor será deixar o trilho (se é que se pode considerar um trilho) e avançar a corta mato, tentando evitar as zonas mais densas. Alguns regatos temporários, bem como a Ribeira das Terras do Risco, são igualmente obstáculos a ultrapassar.

Em chegando aos campos de cultivo, repletos de flores amarelas na Primavera, deve-se contorná-los (sem os atravessar) até encontrar, do outro lado, um caminho de terra batida, largo o suficiente para um automóvel passar, que se deve seguir para a direita.

O caminho, agora sim bem mais fácil, segue ao lado dos campos cultivados, avistando-se com frequência coelhos, fugindo em grandes saltos. Com sorte poderá igualmente surgir uma raposa cruzando o caminho. Mais à frente, há que virar à esquerda num caminho mais estreito, de modo a apanhar a estrada alcatroada. Atenção que existem numerosos aceiros, sendo difícil distingui-los de um caminho. Seguindo o trilho, sobe-se em direcção à estrada, num derradeiro esforço. A seguir, é sempre por estrada alcatroada, até Casais da Serra, onde termina este percurso.

 Informação retirada do Guia Percursos Naturais, Forum Ambiente, 2ªedição

 

 

 

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© Bernardo Costa Ramos

 

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